Ontem foi, oficialmente, nossa última caminhada a um bairro. Claro que podemos romper nosso cronograma se alguma necessidade se fizer presente, revisitar ou visitar algum lugar dentro da cidade de São Paulo.
O bairro Freguesia do Ó, nosso ultimo bairro, de alguma forma, se assemelha ao bairro da Penha, um dos nossos primeiros bairros visitados. Tem um aspecto de cidade do interior, de auto sustento, sem depender muito do restante dos bairros da cidade.
Embora nem todas as casas tenham sido preservadas, o “desenho” das ruas e da localização das casas parece ser o mesmo de muitos anos atrás. Formas curvilíneas, subida e descida de morros: topografia paulistana.
Ruas silenciosas, vazias. De repente, encontramos, casualmente, um morador que nasceu no bairro e vive lá há 74 anos, chama-se Nelson. Estávamos em frente ao armazém que era do tio dele e que hoje encontra-se fechado. Fica numa esquina do bairro, entre duas ruas principais, Francisco Pedroso, nome do pai de Nelson e a rua Itaberaba.
Fiquei impregnada de imagens das ruas da antiga Freguesia do Ó. Ruas caladas, onde eu poderia sugerir qualquer tempo, inventar algum passante, um cavalo, um chão de terra. A memória e sua história estão ali, em uma ou outra casa, nas praças, nos largos, mas o que mais surpreeende é a permanência das formas da geografia do lugar, ruas e morros, outro e atual tempo se sobrepõe.
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